PL vê Motta enfraquecido após Câmara salvar Zambelli e Glauber Braga
Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo Nos bastidores, o PL, maior partido da Câmara dos Deputados, vê o pres...
Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo Nos bastidores, o PL, maior partido da Câmara dos Deputados, vê o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) enfraquecido após as votações que mantiveram os mandatos de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ). "É uma derrota dupla do presidente Hugo Motta", afirma uma liderança do PL, que pediu para não ser identificada. "[O presidente] se indispôs com o PL, maior partido da Casa." 📱Acesse o canal da Sadi no WhatsApp Embora tenha votado majoritariamente por salvar Zambelli, a ala bolsonarista do PL via na cassação do mandato uma oportunidade de se livrar de alguém que culpa pela derrota na eleição presidencial de 2022. Na véspera do 2º turno, Zambelli foi flagrada com arma em punho perseguindo um homem negro nas ruas de São Paulo. Em março, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, com o episódio, a deputada lhe "tirou o mandato" nas eleições. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Com a manutenção de Zambelli no cargo, avalia essa ala bolsonarista, o prejuízo eleitoral se arrasta e respinga em 2026. Cassar Glauber Braga era projeto pessoal de Motta A cassação de Glauber Braga era um projeto pessoal de Motta após o parlamentar protagonizar embates físicos com o membro do MBL Gabriel Costenaro e o deputado Kim Kataguiri (União-SP), um dos fundadores do movimento, em abril deste ano. Para evitar punição, Braga – que acusa o deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara e principal fiador de Motta na presidência, de perseguição – chegou a fazer greve de fome dentro da Câmara e, nesta semana, ocupou a cadeira de Motta – sendo retirado de lá à força pela Polícia Legislativa – para evitar a perda de mandato. Cassar Braga, então, era uma questão de honra, e Motta, que já vinha sendo criticado por não punir os deputados bolsonaristas que ocuparam a mesa da Câmara em protesto em agosto, pautou a votação para quarta (10) porque contava com esse resultado. Numa articulação da esquerda com partidos do Centrão e uma dose de apoio do governo, o plenário da Câmara decidiu apenas suspender o parlamentar, mantendo o cargo, num revés para o presidente da Casa. "[Motta] se indispôs com ex-presidente Arthur Lira e com o governo", resume a liderança ouvida pelo blog.